quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sítio Prosperidade em pareceria com atelier Marko Brajovic





"Crescer" um pavilhão de meditação feito inteiramente de bambu é a alma do projeto do atelier Marko Brajovic


Uma cidade não se cria com ruas, avenidas e shoppings. Forma-se pelo sentimento de cidadania dos habitantes”, diz o arquiteto Marko Brajovic. Diante da urgência de São Paulo por espaços coletivos de intercâmbio, para possibilitar um cotidiano saudável, urbano e natural, nasce o projeto Pavilhão de Meditação Urbana. A ideia é unir estru- tura arquitetônica e um manifesto vivo que estimulará repensarmos o tempo, o espaço e a integração com a cidade.
Há dez anos, o croata, que vive em São Paulo, pesquisa e trabalha com bambu, um material que define como “high-tech por natureza”. “Os projetos inovadores demons- tram que há uma tipologia única na arquitetura contemporânea com bambu, vinculada a trançar estruturas em vez de se utilizar do peso. Essa é uma arquitetura tectônica, no sentido de organizar-se por tensão e aproveitar a capacidade elástica e os elementos curvos do material”, explica Brajovic.
A proposta do Pavilhão de Meditação Urbana não é construir um espaço – é plantar e crescer uma arquitetura. O bambu-mossô (Phyllostachys pubescens) será usado de forma inédita para criar uma estrutura viva. Guilherme Watanabe, “bambuseiro” responsá- vel pelo Sítio Prosperidade, pioneiro no plantio no Brasil, lembra: “O bambu é uma gramínea, não uma árvore”. Assim, ele será utilizado no projeto pelas suas qualidades intrínsecas.
O bambu cresce de 10 a 15 cm por dia. Para o projeto, serão 40 mudas plantadas em uma área de bosque aberta e de livre acesso no Parque Burle Marx, em São Paulo. Ao longo de três meses, essas mudas em crescimento serão manipuladas diariamente, por meio de uma técnica manual tradicional japonesa, pela família Watanabe e pela equipe do Atelier Marko Brajovic.










Assista o vídeo:






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